Trânsito Caótico na RS 734

Moradores de casas e condomínios ao longo da ERS 734 desde o pórtico até a Junção enfrentam diariamente o "inferno" do trânsito e contam com a sorte para chegarem em seus lares, principalmente entre 19 e 20 horas

Todo o dia é a mesma coisa. Basta pegar o carro e tentar andar na Rodovia ERS 734, estrada Rio Grande - Cassino no sentido do balneário para começar um exercício de paciência. Quem vem do centro pela Avenida Presidente Vargas depois das 19 horas se depara com trânsito parado, caótico. Algo que para alguns poderia ser inimaginável, hoje é a coisa mais comum.

O crescimento, motivado pela expansão do Polo Naval e a facilidade em se adquirir um veículo, são os principais motivadores dos engarrafamentos. Uma cidade, que ao que parece, caminha a passos de tartaruga na construção de novas vias para escoar o crescente número de veículos, deveria acelerar pelo menos a apresentação de alternativas para o trânsito.

E quem mais sofre são os moradores do lado esquerdo da via, quando se vai para o cassino. Tudo porque simplesmente não conseguem fazer uma conversão à esquerda e entrar com seus veículos em casa ou nos condomínios. Para não cometer uma infração de trânsito, precisam entrar à direita no acostamento e aguardar pacientemente, depois de um longo dia de trabalho, que um outro motorista, consternado com a cena, "segure" o próprio veículo e dê oportunidade para o motorista fazer a conversão à esquerda e poder, finalmente, chegar em casa. Outros, não têm a mesma paciência. Quem tenta entrar na rodovia, pelas vias laterais também enfrenta o mesmo problema.

Muitos atribuem como uma das causas da lentidão, a instalação de uma faixa de segurança para pedestres e um divisor de pistas bem em frente à estação de integração Junção. Eu acho que essa faixa é a única que os motoristas respeitam. O certo é que assim não dá mais.

Uma das alternativas para os motoristas, seria a construção de pelo menos uma rotatória com área de refúgio, logo após o Supermercado Atacadão, o que iria permitir que os motoristas pudessem entrar com mais facilidade no supermercado, bem como poderiam fazer um retorno seguro.

Pedestres arriscam a vida diariamente, tentando atravessar a rodovia. Têm que contar com muita paciência, com a colaboração de motoristas que param o carro sobre o leito da via, ou algumas vezes, com a sorte. A falta de uma passarela é o reflexo do descaso das autoridades com a população. Muitos já perderam a vida em acidentes de trânsito nesta rodovia, mas parece que isto ainda não sensibilizou e muito menos, motivou para atitudes mais concretas para resolução deste problema.

O assunto da passarela já foi debatido no encontro realizado em março no auditório da FURG durante as discussões do Plano Plurianual (PPA) da região sul com a presença do vice-governador Beto Grill. Por enquanto e mais uma vez, as atitudes são apenas estas.

A verdade é que já antes de pegar a rodovia, já começa o estresse. E esse é apenas um dos problemas, pois sequer falamos em buracos, falta de sinalização, de acostamento, iluminação, motoristas imprudentes, etc. e etc. Não tá dando mais pra aguentar. Eu mesmo sou um dos contemplados com esse caos. Morando num condomínio na Junção, às margens da rodovia, quando estou de serviço durante o dia prefiro me deslocar de ônibus, porque na hora de voltar eu já sei o que vou enfrentar.

Enquanto isto, vamos contando com a sorte...

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