quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Resumo do programa Conversas Cruzadas da TVCOM


Na noite de terça-feira, 30, o programa Conversas Cruzadas da TVCOM apresentou um debate sobre o andamento das negociações entre o governo e as entidades que representam os servidores de nível médio da Brigada Militar. Em pauta, a defasagem salarial dos policiais militares gaúchos e os protestos que vem crescendo em todo o Estado, com faixas, queima de pneus e bloqueio de rodovias. O programa contou com a participação do Vice-presidente da ASSTBM, Olivo Moura, e do Presidente da ABAMF, Leonel Lucas Lima. As duas associações esperam que o Executivo apresente em reunião na quinta-feira, um calendário de pagamento garantindo o valor R$ 3,2 mil até 2014. Também esteve no programa o Comandante-geral da Brigada Militar, Cel Sérgio Abreu, expondo a sua visão sobre as manifestações da categoria, bem como a situação salarial da corporação. Falando sobre a posição do governo diante das reivindicações dos servidores, o Secretário Adjunto de Assessoria Superior, João Victor Domingues.

Alguns trechos:
Olivo Moura – Quero dizer para a categoria que não vamos “baixar a guarda” e nem ceder as ameaças e tentativas de nos constranger nas negociações. Nós não comungamos com as ações de queima de pneus em rodovias, mas também não podemos condenar. Não aceitaremos que isso seja empecilho para o seguimento das negociações. São atos isolados, sendo que tenho ainda dúvidas se foram cometidos por brigadianos, porque também podem ser atos políticos. Se isso vem de servidores da brigada, só mostra o desespero da família brigadiana, de qualquer forma terá apoio incondicional. Com outras atitudes estamos mostrando nossa insatisfação, como mensagens de protesto em faixas espalhadas por todo o Estado.
Cel Sérgio Abreu – A questão salarial é um tema importante da nossa agenda. O Comando da BM está buscando junto ao governo uma forma de melhorar a situação de todos os integrantes da Brigada Militar. A partir de agora, precisamos estabelecer uma meta para recuperar essa perda do poder aquisitivo do brigadiano. Repudiamos qualquer tipo de ação que coloque em risco a vida das pessoas, como a queima de pneus em rodovias. Dessa forma, estamos dando um péssimo exemplo em termos de segurança pública. Esses atos são criminosos e ainda não temos certeza que estão sendo cometidos por brigadianos. Concordamos com os argumentos e entendemos as necessidades da categoria. Mas, por outro lado, todo o ato que venha a atingir a hierarquia disciplinar será combatido com rigor.
Lasier Martins – Esse tema é preocupante porque é uma importante classe que vem protestando violentamente com os incêndios em pneus nas rodovias. Segundo a ABAMF, os protestos continuam alheios à vontade da entidade. A palavra do governo é paciência. Mas, nós tememos que os servidores da segurança não tenham mais paciência. A consequência disso é uma sociedade desprotegida ou mal protegida. Em certas situações, o brigadiano deixa de ir para o confronto porque não vai arriscar sua vida pela miséria que ganha.
Leonel Lucas – Quem vai garantir a comida dos nossos filhos no final do mês. A situação continua nos obrigando a fazer “bico”. É fácil dizer que quem comete esses atos é criminoso, mas o maior crime é deixar o policial nessa situação. Nossa entidade tem responsabilidade e garantimos na semana passada uma trégua nas manifestações até a próxima reunião. Esperamos que o governo nos mostre um calendário de pagamento até 2014.
João Victor Domingues – Nosso compromisso é enfrentar essa situação de defasagem salarial dos brigadianos. Se a ABAMF participou, organizou ou assumiu para si algo que não fez, está correndo o risco de ser instrumentalizada por interesses partidários ou políticos que não sejam da classe brigadiana. A categoria brigadiana quer sua reivindicação atendida e tenho certeza que não compactua com esse tipo de ato que atrapalha a negociação. Ou param essas ações ou quero a ABAMF do lado do governo para descobrir quem está fazendo isso. Se a ABAMF solicitou que as manifestações parassem e isso não ocorreu, o governo e a entidade têm um problema e teremos que resolver isso. A queima de pneus bloqueando rodovias não serve como pressão. Vejo isso como um ato criminoso que coloca a população em risco. Assim, na reunião de quinta-feira esse assunto voltará a ser pauta.

Por Magda Marques
Assessora de Comunicação ASSTBM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Teremos o maior prazer em publicar seus comentários, desde que não sejam ofensivos, racistas, xenófobos, etc. Os comentários devem ter relação com a postagem. Siga as regras, por favor.