segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Policiais Civís erram e quase matam Sargento PM

Em uma semana policiais civís deixam preso algemado fugir de viatura e em outra oportunidade atiram pelo menos quatro vezes contra carro de Sargento PM desarmado

Policiais civis de Rio Grande, RS, demonstraram talentosamente em duas oportunidades num curto espaço de tempo como NÃO SE DEVE proceder durante a execução da atividade policial. Na semana passada, dois policiais civis lotados na DPPA realizavam à tarde a condução para o presídio de um homem que horas antes havia sido autuado em flagrante por tráfico de entorpecentes. No trajeto entre a delegacia e o presídio, próximo ao Supermercado BIG, o preso conseguiu fugir da viatura da Polícia Civil e desaparecer. Detalhe: o preso estava algemado com as mãos para trás.
Mesmo após incessantes buscas com o apoio da Brigada Militar o homem que tem a alcunha de "basilio" não foi encontrado e continua foragido.
Já no último dia 01/10, por volta de 06hs30min na localidade da Mangueira, periferia da cidade, um sargento da Brigada Militar foi vítima de disparos de arma de fogo desferidos por pelo menos quatro policiais civís. O fato, segundo o policial militar que estava sozinho e desarmado se deu quando passou com seu carro particular por outro veículo sem qualquer característica de viatura e ao parar se surpreendeu com quatro homens armados que desceram e foram em sua direção.
Como não teriam se identificado e nem portavam nem um colete que os identificassem como policiais, o Sargento se assustou e "arrancou" com seu carro, momento em que os homens o perseguiram pela BR 392 até a localidade da Barra  e sem qualquer fato que justificasse a agressão, passaram a dar tiros no carro do PM, acertando o veículo com pelo menos quatro disparos.

Somente dessa forma o PM parou seu carro e foi abordado pelos homens que então teriam se identificado como policiais civis e  explicado que estariam no local campanando um veículo em razão de um roubo de carga praticado contra um motorista de caminhão na madrugada do mesmo dia.

O sargento PM que está agregado por motivos administrativos, não portava nenhum armamento com ele, o que restou comprovado após minuciosa busca pessoal e no veículo. Fica então a pergunta que não quer calar: Por que motivo atiraram no carro? A arma de fogo do policial não é um instrumento de defesa contra iminente e injusta agressão armada?

Os policiais civís tentaram justificar os disparos alegando que tentavam acertar os pneus do veículo, bem ao estilo fictício hollywoodiano, além de terem relatado que o PM, após ser abordado estaria demonstrando grande transtorno e com indícios de estar drogado, conforme registro feito por eles mesmo na DPPA.
Agora imagine você, que está lendo este post, como não ficaria uma pessoa desarmada sendo perseguida por quatro indivíduos não identificados em um carro sendo vítima de disparos de arma de fogo. Não era para ficar transtornado? Quem sabe, devesse o Sargento PM descer do carro tomado pela alegria e contentamento após quase ser literalmente assassinado por policiais civís despreparados e lhes desse um fraterno abraço?

Despreparo técnico profissional seria a resposta para tamanha brutalidade. Perguntados, os civis relataram que os disparos contra o veículo se deram em razão da fuga do motorista. Ou seja, na visão deles, fugiu, leva bala...

A polícia civil deverá instaurar um "inquérito administrativo" para apurar o fato.

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